E dizem que sou assim: rosa, menina, ingênua, facínora, falante.
Verde, calada, abafada, marcada, berrante.
E não sou só eu, tenho sede de ser tudo.
Mundana, profunda, profana, Raimunda. Sim, e daí?
Lasciva, marcante, agressiva, pagã...
E sou ainda tudo o que não quero ser: amarela, Maria, Joana.
Insípida, morna, sem sal...
E me transformo quando quero.
E também quando não quero.
Sou ousada, generosa, firme e poderosa.
Sou eu, sou você, sou Deus, sou quem me queira.