terça-feira, dezembro 27, 2005

Ensaio Pessoal

Ensaio Pessoal

E dizem que sou assim: rosa, menina, ingênua, facínora, falante.
Verde, calada, abafada, marcada, berrante.
E não sou só eu, tenho sede de ser tudo.
Mundana, profunda, profana, Raimunda. Sim, e daí?
Lasciva, marcante, agressiva, pagã...
E sou ainda tudo o que não quero ser: amarela, Maria, Joana.
Insípida, morna, sem sal...
E me transformo quando quero.
E também quando não quero.
Sou ousada, generosa, firme e poderosa.
Sou eu, sou você, sou Deus, sou quem me queira.
Só não ouso ser só eu, viver pouco e não trocar o certo pelo duvidoso.


Agora sou mais eu. Em 2006 eu só quero mais de mim. E quero sempre. Não me desobedeço mais. Tenho um ano com cheirinho de novo, com cara de recomeço e sabor de segunda chance... E quem não quer uma segunda, terceira, quarta(...)chance?
Desejo... Aqui vou eu, de corpo em chamas, alma limpa e coração aos pulos!!! Estou preparada para caír de boca no mundo!!!



UM DOCE 2006 A TODOS QUE ACREDITAM!!!

sexta-feira, dezembro 23, 2005

E.C.T - Papai Noel

Papai Noel, eu fui uma boa menina este ano. Eu disse boa, não ótima. Confesso que cometi uns errinhos aqui, outros acolá, mas dei conta do recado. Venci as mágoas, as tristezas, os impulsos, os sapos engolidos e cá estou para, humildemente, fazer-te um pedido. Eu sei que não sou mais criança e que não adianta pôr o tênis na janela com o nome do presente escrito em um papel. Sei também que não posso querer abraçar o mundo. Mas como eu gostaria que o mundo me abraçasse...
Sabe, Papai Noel... Eu já quis construir meu mundo com as mãos. Já quis deixar que se foda... Já quis puxar a cordinha no próximo ponto e pedir prá descer. Já quis mover céus e terra só para ver a banda passar tocando coisas de amor. Agora só tenho um sonho. Um pedido. Uma ambição. Hoje, Papai Noel, eu só quero mudar o mundo... O mundo de quem está ao meu lado... E espero que neste natal existam muitos ambiciosos por aí.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

O bom filho à casa torna...

Sou dada a paradoxos. Cotidianos, efêmeros e até aqueles que carregamos pela vida toda.
Decidi ser atleticana porque a família é de cruzeirenses. Acordo de mal-humor em manhãs lindas de sol. Quero ser juíza, escrever numa coluna de banalidades, fazer Letras e viajar pelo mundo.
Resolvi começar um projeto no fim do ano.
Estava grávida, e as palavras começaram a abortarem-se de mim como se quisessem ganhar o mundo e não precisassem mais do conforto visceral que eu lhes oferecia.
Ganharam alma própria e sopraram-se à vida como se independentes fossem. E são.
Usam-me como instrumento e transitam entre os diversos planos - imaginário, ideal, real, virtual, transcendental - com a facilidade de quem sabe exatamente a que veio.
Usam meus pensamentos, sangue, veias, coração, língua, mãos...
E eu me deixo ser serva incondicional de cada uma delas.
E é por elas que estou aqui.



Sim, o Femme voltou. E para ficar. Vim dar a cara à tapas, ver do que sou capaz, desafiar a emoção e fazer valer o coração. Alguém me acompanha?